sexta-feira, 24 de maio de 2013

Resumo do Livro "Geografia - Conceitos e Temas" - Iná Elias de Castro

A primeira parte deste livro inicia com o estudo do conceito de espaço, analisando diante da geografia clássica, teorética, crítica e, mais contemporaneamente, a geografia humanista e cultural. A seguir, temos o conceito de região e suas diferentes visões, que variam conforme o significado atribuído em tons mais deterministas (região natural) ou possibilistas (região geográfica). Na sequencia, temos o conceito de território, visto como o único da geografia a tratar precipuamente do homem na sua relação com o meio, por envolver o caráter político e afirmar que território é o espaço definido e delimitado por relações de poder. O conceito de escala surge como aprofundamento da sua base meramente matemática, objetivando tratar de três problemas: a) a relação com a geografia, b) a epistemologia e c) a apreensão da realidade. Finalizando a primeira parte, vem o conceito de rede, e sua imbricações no tempo que levaram Milton Santos, dentre outros, a afirmar que vivemos o período técnico-científico-informacional. Na segunda parte, o livro traz temas importantes no debate da geografia moderna, a começar pela desterritorialização. Como mostra o autor desse capítulo, Rogério Haesbaert (com outras publicações importantes sobre esse tema) a desterritorialização é levada a cabo pelos grandes interesses e pelas redes estratégicas, em que ambas se relacionam, mas que permitem o surgimento de dinâmicas reterritorialização, como nas redes de solidariedade.
A seguir, trata-se do tema da Questão Regional no Brasil, tão usado nas análises clássicas de economistas como Celso Furtado ou Caio Prado Jr., em que o foco é estabelecer as relações entre geografia e economia na análise das relações como o espaço. Mudança técnica e espaço é o tema abordado posteriormente, em que fica claro a coexistência de modelos econômicos diversos no mesmo espaço, tanto em termos de tecnologia quanto de uso de mão-de-obra, configurando os “tempos desiguais” que vão ficando acumulados. Por fim, os dois últimos temas vêm falar em linhas gerais da geopolítica, a começar pelo tema “geopolítica na virada do milênio”. Nele, configura-se o realismo das relações internacionais, que atribui ao Estado caráter excepcional diante da anarquia internacional, favorecendo o determinismo geográfico subjacente. Para concluir, temos o tema das origens do pensamento geográfico no Brasil, situando-o como meio para ocupação dos espaços “vazios” e reforçando a ideia (ideologia?) de ordem, fazendo lembrar Lacoste e sua afirmação de uso da geografia
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