terça-feira, 28 de maio de 2013

Resumo das origens da SPVEA e da SUDAM

   Após o período pós Constituição de 1946, em que pese alguns resultados como a criação do Instituto Agronômico do Norte, a região amazônica continuou a sofrer com o seu insulamento, levando a SPVEA, que nunca fora - é bom que se esclareça - dotada de autonomia financeira e administrativa, a malograr na sua missão. Porém, a construção do marco teórico-metodológico que permeou a SPVEA, que tem na definição de Amazônia Legal um exemplo até hoje utilizado[ Após algumas pequenas alterações posteriores, atualmente a Amazônia Legal está compreendida entre os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão (oeste do meridiano de 44º) ], permitiu que, anos mais tarde, se criasse o suporte institucional que facilitaria o direcionamento dos investimentos na região.

   Mais tarde, nos anos 1960, passa-se pela interiorização da capital do Brasil, indo do Rio de Janeiro para Brasília (projeto que remontava à Proclamação da República), sem que a SPVEA tenha tido qualquer relevância apreciável. Inclusive, um dos projetos mais significativos dessa época para a Região Norte foi a construção da rodovia Belém-Brasília, tendo sido feita à revelia da SPVEA, apartada de uma política para a região, mas buscando, de fato, interligar a nova capital e dotá-la de centralidade.


   Não muito tempo depois, a partir de uma iniciativa do governo militar derivada da experiência da SPVEA, cria-se a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), em 1966. Os objetivos centralizadores e nacionalistas do governo militar foram resgatar a ideia inicial de planejamento “a partir de cima”, no contexto da famosa “marcha para o oeste” da ocupação militar, mas o enorme aparato burocrático que foi criado, eivado de denúncias de corrupção ao longo de todo o seu funcionamento, acabou por resultar em sua extinção formal em 2001. 

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